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Uma das armadilhas mais comuns em processos de gestão e liderança é a suposição de que, uma vez comunicado um objetivo ou uma diretriz estratégica, o time estará automaticamente alinhado.

Essa crença, por mais intuitiva que pareça, não se sustenta na prática organizacional.

O alinhamento não é um estado permanente. Na verdade, o que a experiência em diferentes organizações demonstra é que o desalinhamento é o estado natural.

Por que o desalinhamento é a regra, e não a exceção?

Organizações são sistemas dinâmicos. A cada nova reunião, mudança de prioridade, decisão de liderança ou atualização estratégica, existe um risco real de desalinhamento.

E esse risco aumenta proporcionalmente ao tamanho da organização e à complexidade das suas operações.

Mas o problema não está apenas na comunicação. Ele vai além.
A verdadeira causa está na diferença entre dois fatores críticos: compreensão e comprometimento.

Compreensão e comprometimento: variáveis que nem sempre caminham juntas

Ao analisar cenários de desalinhamento, quatro situações aparecem com frequência nas empresas:

  • Alta compreensão e baixo comprometimento:
    As pessoas sabem o que é esperado, mas não estão engajadas com a execução.
    Isso gera resistência informada. 
  • Baixa compreensão e alto comprometimento:
    Profissionais bem-intencionados, mas desorientados, que trabalham duro… na direção errada. 
  • Baixa compreensão e baixo comprometimento:
    Cenário de caos. Falta de clareza e de engajamento. 
  • Alta compreensão e alto comprometimento:
    O estado desejado, mas que exige manutenção constante para ser preservado. 

O alinhamento é perecível

Mesmo quando se alcança um alto nível de alinhamento, o desafio não termina.

Assim que uma reunião estratégica acaba, o processo de degradação do alinhamento já começa.

Fatores como interpretações diferentes, prioridades conflitantes, decisões contraditórias e falhas na comunicação diária contribuem para o distanciamento entre o discurso e a prática.

Além disso, a incoerência entre o comportamento da liderança e as mensagens institucionais é um dos maiores aceleradores de desalinhamento.

Exemplos comuns:

  • Empresas que falam sobre inovação, mas penalizam o erro. 
  • Organizações que pregam colaboração, mas recompensam apenas resultados individuais. 
  • Líderes que reforçam a importância da autonomia, mas centralizam todas as decisões. 

O papel da liderança na construção e manutenção do alinhamento

Alinhar o time não é uma ação pontual.
É uma disciplina diária.

Líderes que conseguem manter o alinhamento ao longo do tempo são aqueles que:

  • Reafirmam prioridades com consistência 
  • Conectam o time ao propósito organizacional de forma prática 
  • Monitoram sinais precoces de desalinhamento (como aumento de conflitos, retrabalho ou falta de engajamento) 
  • Estimulam a escuta ativa para identificar dúvidas e ruídos de comunicação 
  • Reagem rapidamente a incoerências entre discurso e prática 

Uma reflexão para o seu contexto:

Quando foi a última vez que a sua liderança parou para revisar os níveis reais de alinhamento dentro da organização?

E mais importante:
Quais sinais de desalinhamento podem já estar impactando a performance… mas ainda não foram percebidos?

Se a sua organização está enfrentando desafios com alinhamento de times, a Liderança Integral pode ajudar com metodologias que combinam diagnóstico profundo e desenvolvimento de liderança orientado à prática.
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